A testosterona é um hormônio esteróide ( formado a partir do colesterol) essencialmente masculino, mas importantíssimo na mulher também, apesar delas produzirem 20 a 30 vezes menos do que os homens
Antes da menopausa a testosterona nas mulheres é produzida pelos:
Antes da menopausa a testosterona nas mulheres é produzida pelos:
- Ovários (25%) que são estimulados pelo LH (hormônio da hipófise),
- Supra- renais ou adrenais (25%)
- Conversão periférica a partir da androstenediona e da DHEA (50%)
Após a menopausa a produção total de testosterona cai drasticamente, mas continua sendo produzida em menor quantidade pelas adrenais.
A deficiência de testosterona pode ter conseqüências sérias, tanto físicas como mentais, prejudicando a saúde da mulher. Os sinais e sintomas variam dependendo da etapa da vida na qual a deficiência de testosterona ocorre.
Veja a formação dos hormônios esteróides entre eles a testosterona. Se chamam esteróides porque são formados a partir do colesterol.
CAUSAS DA SUA DIMINUIÇÃO:
- Menopausa
- Insuficiência adrenal
- Uso (atual ou prévio) de anticoncepcionais hormonais
- Retirada dos ovários – ooforectomia
- Insuficiência parcial dos ovários em produzir testosterona
- Xenoestrógenos ambientais, ex . bisfenol
- Medicamentos como alguns antidepressivos, fluoxetina por exemplo.
- Stresse excessivo já que o cortisol (hormônio do stress) bloqueia a testosterona.
Como podem notar não é apenas a mulher no pós menopausa que tem que ter seus níveis hormonais dosados.
A queda deste hormônio pode ocorrer nas mais diversas idades.
Em mulheres jovens usuárias de anticoncepcionais hormonais encontram -se níveis baixíssimos deste hormônio o que pode acarretar diminuição importante da libido.
Além disso, o anticoncepcional diminui a quantidade de testosterona livre já que estimula a produção pelo fígado de uma proteína chamada de Globulina Ligadora de Hormônio Sexual ( SHBG) . Esta proteína se liga de forma muito intensa a testosterona diminuindo sua forma ativa , a forma livre.
Esta situação ocorre tanto nas usuárias de pílula como na mulheres que fazem reposição hormonal na menopausa com hormônios tomado pela boca ( via oral).
Os níveis de SHBG em usuárias de pílulas costumam ser tão altos que o laboratório precisa fazer duas vezes o mesmo exame para chegar num resultado. Caso use pílula,peça este exame ao seu médico e notará um nível bem acima do valor de referência com a seguinte mensagem no laudo do laboratório :" exame repetido e confirmado com diluição da amostra".
Algumas jovens tomam pílula porque alegam ter ovários micropolicísticos. Esta situação pode ser normal conforme a fase do ciclo em que se faça o Ultra- Som.
Ovário micropolicístico é totalmente diferente de Síndome dos Ovários Policísticos ( SOP). Nesta segunda situação seria aceitável o uso de pílulas. Diga - se de passagem que esta síndrome pode ser tratada com hormônios bioidênticos também.
Na Síndrome dos Ovários Policísticos, que ocorre em 6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva , nem sempre temos ovários polícisticos , mas em geral temos:
- Aumento de insulina - resistência a insulina
- Excesso de pelos , acne e queda de cabelo
- Sobrepeso e obesidade em pelo menos 50% das pacientes
- Alterações menstruais e/ou ovários policísticos
- História familiar em grande parte dos casos mas não em todos
SINTOMAS/SINAIS E ALTERAÇÕES LABORATORIAIS DE TESTOTERONA BAIXA:
- Diminuição ou perda do deseja sexual
- Diminuição dos feromônios que são liberados através da pele para chamar atenção masculina quando a mulher está ovulando.
- Diminuição da auto-estima e da autoconfiança
- Falta de iniciativa e de vontade se cuidar
- Aumento de gordura corpórea
- Diminuição de massa muscular esquelética
- Diminuição de massa óssea
- Diminuição do colesterol bom ou HDL
- Aumento importante da Globulina Ligadora de Hormônio Sexual (SHBG)
- Menor tônus muscular
- Fraqueza
COMO DIAGNOSTICAR?
Queixas clinicas associadas a alterações laboratoriais.
COMO TRATAR?
Reposição hormonal com testosterona transdérmica (creme ou gel de alta absorção).
Esta forma se assemelha muito a fisiologia, sendo muito mais natural que outras formas de reposições
COMO É FEITO O ACOMPANHAMENTO?
As dosagens no primeiro ano de tratamento devem ser feitas a cada três meses para que não hajam efeitos desagradáveis. Tais efeitos só ocorrem em casos de doses excessivas. (ver abaixo)
Desta forma conseguimos determinar qual a dose diária ideal de testosterona para cada mulher.
A partir do segundo ano as dosagens podem ser feitas a cada seis meses.
Mulheres devem apenas receber testosterona quando ainda menstruam ou quando fazem reposição de hormônios ovarianos na menopausa como estradiol e progesterona.
QUAIS OS EFEITOS COLATERIAS?:
Tudo em excesso não é bom e esta afirmação também é válida para hormônios. Quando temos níveis supra -fisiológicos de testosterona, em geral maior que 100 ng/dl, podemos perceber o aparecimento gradual de acne e pêlos.
Efeitos colaterais como aumento do gogó, aumento de clitóris, masculinização da face, crescimento excessivo de pelos e acne, aumento demasiado de massa muscular ,alterações da voz e alterações menstruais são vistos em mulheres que fazem uso indiscriminado de derivados deste hormônio, de forma não criteriosa e apenas para fins estéticos. Em geral estas mulheres usam derivados da testosterona com potência muito mais elevada e em grandes quantidades. Exemplo de hormônios utilizados: Deca Durabolin ( nandrolona ) , Durateston ( tem 4 ésteres de testosterona), Winstron( estanazolol) e Anavar ( oxandrolona).
O nome entre parênteses é a substância ativa. Note que nenhum é a testosterona bioidêntica.
Como sempre preconizamos o uso de testosterona bioidêntica esta é passível de ser dosada no laboratório , assim fica fácil controlar seus níveis sanguíneos.
Tendo a testosterona natural uma curta duração no organismo ( meia vida), qualquer sinal de efeito colateral é facilmente revertido com a suspensão temporária do hormônio ou diminuição da dose, ao contrário dos outros hormônios citados.
QUAIS AS CONTRA - INDICAÇÕES?
- Câncer de mama ou endométrio em atividade ou tratado a menos de cinco anos
- Sangramento uterino de causa indeterminada
- Níveis altos deste hormônio
- Síndrome dos Ovários Policísticos
- Câncer hormônio dependente
Como usamos este hormônio pela pele e não pela boca, história de trombos ou infarto do miocárdio não contra indica o tratamento tendo em vista que o uso oral de hormônios sexuais aumentam fatores de coagulação, enquanto o uso pela pele exerce efeito exatamente contrário.
IMPORTANTE:
A qualidade do produto manipulado para que haja a absorção adequada do hormônio biodêntico.
Filosofia do tratamento :
- Doses baixas e contínuas por longos períodos com hormônios idênticos aos produzidos pelo organismo, se aproximando ao máximo de fisiologia humana. Dosagens periódicas para controle rigoroso dos níveis hormonais também são importantes.
DESTAQUE:
Estudo do renomado THE JOURNAL OF CLINICAL ENDOCRINOLOGY & METABOLISM de abril de 2011 diz que níveis altos altos de testosterona aumenta massa óssea, massa magra e diminui gordura em mulheres mais velhas.
Leia e confira:
http://jcem.endojournals.org/content/96/4/989.abstract?sid=1cb1685d-41f6-4e10-bde2-264de7aae6c2
Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina:
Terapia androgênica em mulheres:
http://www.projetodiretrizes.org.br/diretrizes11/terapeutica_androgenica_feminina.pdf
Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina:
Terapia androgênica em mulheres:
http://www.projetodiretrizes.org.br/diretrizes11/terapeutica_androgenica_feminina.pdf
Adorei o post! Vou compartilhar!
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